Projeto Itaparica
A gestão das mudanças climáticas é feita por meio do estudo e avaliação de ações no âmbito de um grupo de trabalho multidisciplinar, criado pela Holding com o objetivo de avaliar o impacto das mudanças climáticas no negócio. Além disso, frente ao cenário de diminuição hídrica, o grupo de trabalho Estratégia Climática do Comitê de Meio Ambiente (SCMA), formado por membros de todas as Empresas Eletrobras, realizou uma força tarefa para elaborar alternativas de adaptação às mudanças climáticas a serem implementadas no parque gerador.
Adicionalmente, a área de gestão de riscos corporativos da Chesf realiza um trabalho de avaliação periódica do risco “Mudanças Climáticas”, em conjunto com as áreas envolvidas, com base em metodologia definida na Política de Gestão de Riscos das Empresas Eletrobras, que envolve o levantamento de controles implementados nas áreas e o acompanhamento de indicadores e ações para mitigação dos riscos. As mudanças do clima representam possíveis ameaças ao negócio da Chesf ao considerar a escassez hídrica, contudo também representam oportunidades quando avaliados os investimentos em outras fontes renováveis para a geração de energia, tais como eólica e fotovoltaica, nos períodos de baixo nível dos reservatórios das Usinas Hidrelétricas.
No curto prazo, a Companhia considera baixo o risco de exposição em relação a acordos internacionais e voluntários, haja vista que a meta de redução assumida pelo Brasil na Conferência do Clima 2015 (COP 21) – reduzir 37% das emissões de GEE até 2015 e de 43% até 2030 – está associada ao congelamento da expansão de fontes térmicas de energia fóssil. Mesmo assim, a Chesf elabora anualmente seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e direciona suas estratégias ao desenvolvimento de programas que incluem a revitalização de suas usinas hidrelétricas, o incentivo à produção de tecnologias e o desenvolvimento de projetos de fontes alternativas de energia, priorizando a geração solar e eólica, de grande potencial no Nordeste. A Chesf já iniciou a construção de dois parques eólicos prevista para 2017.
No ambiente de riscos regulatórios, a Companhia acompanha as mudanças na legislação e atua nos fóruns de regulamentação nas áreas hídrica (Conselhos de Recursos Hídricos, Comitês de Bacia e Agências) e energética (agências reguladoras e associações de empresas do setor elétrico), além de participar de fóruns e grupos de trabalho relacionados ao tema. Já para a gestão dos riscos físicos suscetíveis na geração de energia em hidrelétricas são adotadas diversas ações para evitar prejuízos à Companhia. Considera-se, ainda, os riscos quanto à reputação e à imagem da Chesf, que são minimizados com a transparência das informações e com as ações de sustentabilidade adotadas pela Companhia, tais como: Relatório de Sustentabilidade seguindo as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) e o Carbon Disclosure Project (CDP) que evidenciam as emissões de gases de efeito estufa (GEE), bem como as estratégias mitigatórias ano a ano.
Para a gestão das contingências, a Chesf instituiu a norma RN03/2013 AS-10 – Gestão de Planos de Contingência com a finalidade de estabelecer princípios e diretrizes para orientar os processos de identificação, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos potenciais inerentes às atividades da Companhia. Todos os riscos mapeados são inseridos no Plano de Contingência Básico, no qual são descritos e classificados para assim determinar as respostas locais e externas, bem como seus responsáveis.